Mercedes-Benz Museum: Linha do tempo completa.
Senhores e Senhoras,
Visitei o museu da Mercedes duas vezes, em Janeiro de 2009, e em Março seguinte já morando aqui. O museu fica dentro de um complexo (quase um bairro todo) da Mercedes-Benz. A ele se juntam a fábrica, engenharia, um dos estúdios de design, showroom principal e até o clube e estádio de futebol do Stuttgart.
Prédio do museu da Mercedes-benz
A Arquitetura
O prédio do Museu impressiona por fora e por dentro é inesperado, você sempre encontra uma escada, uma passagem, um piso em outro plano... desenhos feitos no chão com a luz vinda de fora sobre as sombras criadas pela estrutura externa. O início do passeio é em um elevador que te leva ao topo (me lembrou um futurismo de Syd Mead).
Início da mostra no século 19, o começo de tudo na linha do tempo.
História e Veículos
Cada andar do prédio traz épocas diferentes, desde o final do século 19, passando pelos períodos das Guerras Mundiais, os anos 60 da liberalidade, os anos 70 da crise do petróleo, o minimalismo dos anos 80 e por fim conceitos dos anos 80 e 90 da marca. De bonecos de crash test até os caminhões e ônibus da marca, há uma divisão cronológica de produtos. De revolução industrial até aquecimento global, artigos, jornais, fotos e objetos fazem pensar sobre design e o contexto histórico, artístico e social de cada tempo. E lembrar das aulas de comunicação, semiótica, psicologia e antropologia na faculdade e sua razão de existirem.
Primeira imagem: um dos andares, com os modelos das décadas de 20/30, rodeado por informações sobre o contexto de época. A segunda imagem mostra alguns anúncios e ilustrações de modelos da marca nos anos 50 e 60.
Modelos em escala
É de se investir alguns minutos nos modelos em escala, principalmente od esculpidos em madeira, produzidos nos anos 40 (a 300SL “asa-de-gaivota” por exemplo) e com precisão de forma realmente artística. Outros modelos como os de caminhões e ônibus produzidos nos anos 60 e 70 impressionam: a fidelidade de formas, precisão de detalhes e qualidade de acabamento em uma época sem usinagem ou sistemas CAD é de se admirar. Fiquei por uma hora somente nesses modelos...
Modelos em escala fazem um show à parte.
Preparem os motores
A segunda parte que destaco é o andar dos veículos de competição, desde os “Racing machines” dos anos 20, passando pelas “flechas de prata” nos anos 50 até as McLaren Mercedes de Lewis Hamilton na F1. A experiência sonora é especial. Um colírio para os fãs de velocidade e fonte de inspiração pra nós designers. O melhor de tudo é que é possível comprar miniaturas de todos eles. O pior é deixar alguns milhares de euros numa coleção completa dessas. Fiquei só na vontade...
Área dos modelos de competição, seguida por modelo em Clay na sala de engenharia e design.
No final vale dar uma passada na loja (eu comprei por 9 euros um belo livro ilustrado do museu com a história de mais de 100 anos da marca). E uma dica: na saída vá até o showroom, e veja, entre e sente-se em qualquer um dos modelos da marca – de um Classe A até um 300SLR McLaren, pouca gente faz isso mas também pode.
Primeira foto com o caminhão desenvolvido especialmente para transportar o modelo de competição pilotado por Styrling Moss. Segue com amostra da sala dos anos 70 (uma das melhores fases estéticas da marca na minha opinião) e fecha com a clássica “Asa-de-gaivota”.
Altamente recomendado, tem atrações para os fãs de competição, designers e engenheiros e pessoal da área, e para leigos em automóvel também, é um opção de entretenimento pra toda a família.
Obrigado pela leitura.
Grande abraço e comentem à vontade.
Mercedes-Benz Museum :
Mercedesstrasse 100, D-70372, Stuttgart (Alemanha)
ou www.museum-mercedes-benz.com
Texto de Rodrigo Ciossani
rodrigodvc@gmail.com
rodrigodvc.blogspot.com
Postado por Victor Samuel
