terça-feira, agosto 19

MODELANDO EM CLAY O ENVIRON - parte 1

E aee pessoal!

Primeiramente vou me apresentar. Meu nome é Fabio, estou atualmente estagiando na CAIO Induscar e estou me formando em Desenho Industrial – Projeto do Produto pela Unesp.

Quero parabenizar a todos que estão apostando nessa idéia de reunir nesse blog a galera louca por design de transportes (especialmente carros claro!).

Vamos lá então!

Trocando uma idéia com o Vitão decidi reunir umas imagens e descrever passo-a-passo tudo o que eu fiz para representar tridimensionalmente um conceito. Bem, eu não tenho conhecimento específico a ponto de dar uma aula ...rsrsr mas acho que mostrando o que eu fiz é um ponto de partida pra abrir essa discussão aqui no blog, e eu acho o assunto interessante.


O Environ foi um concept-bus que fiz para o concurso de design Caio-Induscar 2007 cujas pranchas já postei no blog. O meu principal objetivo é trocar figurinha com a galera, mostrando com as imagens o que deu certo e oque não deu. Quem sabe pode servir até de tutorial para quem quiser modelar seu carro, busão, truck...

Só lembrando, o concurso da CAIO de 2007 não exigiu nenhum modelo (más também não proibiu), porém como sempre gostei de modelar e na época num botava muita fé em minhas ilustrações, confesso que apostei quase todas as minhas fichas no modelo... uahahh e tive duas semanas e meia para sair dos sketches e chegar a um modelo físico apresentável. Lembro-me que houve tempo de sobra no começo, mas só comecei a acreditar nos sketches que saíram no papel quando faltava menos de um mês para o dia da apresentação (sempre na última hora).


Meu primeiro passo foi ilustrar no photoshop os sketchs que serviram para criar a superfície e as proporções do bus. Já nessa fase eu penei para encaixar os elementos em mais de uma vista. Geralmente o que ficava legal no side view num funcionava na vista topo, e etc. Porém acredito que isso é normal nessa fase.

Finalmente esses foram os sketches que tinham o feeling que eu queria no modelo.


O segundo grande passo foi decidir a escala. Só p dar um exemplo e lembrar, um modelo escala 1:18 tem suas dimensões 18 vezes menor que as do carro original, 1:5 5 vezes menor, e assim vai. Para saber que escala seria a melhor eu comecei a desenhar uns retângulos em papel imaginando as máximas do side view. Eu queria um modelo grande para poder trabalhar a superfície e ao mesmo tempo um tamanho que não me complicasse muito a vida na hora de transportar (num voyage 2 portas) e fazer os moldes mais tarde (para copiá-lo em fibra e pintar). O tamanho também está ligado diretamente ao custo, porque fibra e resina não são baratos, e o modelo foi feito e custeado por conta própria.

Eu desenhava os retângulos nas medidas máximas e tinha uma noção do tamanho do modelo. Meu primeiro retângulo seria para um modelo 1:10, ficou descomunal. Depois baixei para 1:13, mas ainda estava um pouquinho grande. Quando desenhei o side view num retângulo 1:14 me senti seguro.

Uma coisa que ajudou muito e me levou a começar pela escala 1:10, foram uns bonecos de estudo ergonômico nessa escala que eu tinha da época das aulas de ergonomia. Depois tive que passar esses bonecos pra escala 1:14.

Decidida a escala e tendo um retângulo com as máximas do side view, puxei mais 3 retângulos usando régua ´T ` e esquadro para desenhar o front view, back view e top view (usando papel milimetrado). Assim eu fiz um desenho técnico basicão mas bem útil. Com essas 4 vistas e os sketches do photoshop eu tinha tudo pra começar o modelo. Foram dois dias e duas noites para gerar essas vistas ortogonais e as primeiras chapelonas em cartolina.

Essa fase serviu para eu aprender muito. Conforme eu ia encaixando os elementos do side view no front e top view percebi que por mais que eu tentasse imaginar o shape haviam pontos obscuros que eu não conseguia desenhar nas 3 vistas, sempre ficava uma das vistas mal resolvida (as vezes duas! srrs). Foi ai que entendi que o modelo em clay não era apenas para finalizar o trabalho e apresentar o modelo, pelo contrário, seria o começo. Percebi que era no modelo em clay que eu iria evoluir e decidir quase tudo.

Percebi também que os sketches são mais importantes que essas vistas chapadas do desenho técnico. Pois nos sketches estava o que eu realmente queria, sem preocupação com medidas e nada.
Por outro lado, o meu excesso de despreocupação com as as proporções entre uma vista e outra acabou fazendo com que eu tivesse que confrontar os sketches e perceber, por exemplo, em qual vista estava mais interessante tal elemento... Aliás esse é um ponto chave do processo que eu gostaria que alguém mais experiente comentasse. Afinal, o sketch emocional (sketch show) devc respeitar proporções até que ponto? Fica o convite !

Continuando...

Antes de botar a mão no clay (Atenção Rodox! Eu disse claaaaayyyy!.. perguntem a ele sobre esta estória...), é preciso ter uma base de madeira bem plana com a linha zero traçada. Essa é a linha de simetria. Outras 4 linhas foram importantes para esse começo. No top view ortogonal eu tinha o retângulo traçado envolta das máximas, pois bem, esse retângulo tem que estar bem traçado na base também. Feito isso levei umas três horas para fazer um blocão de clay com medidas iguais ou maiores que as medidas máximas dos retângulos ortogonais.


(Eu não tenho imagem do blocão virgem, na foto eu já tava começando a esboçar a proposta do outro lado).

Para que o modelo nunca se movesse na base eu parafusei um bloco de madeira um pouco menor e coloquei clay sobre ele, assim ficou bem firme pra modelar.

Nas próxima postagem eu contarei como trabalhei com as limitações de casa com o clay e como comecei a achar meu Shape.

Abraço a todos!

Fábio F. Garcia
















quinta-feira, agosto 7

- A IMPORTÂNCIA DO INTERIOR NO AUTOMÓVEL (parte 1)



Olá pessoal,

Em meu primeiro post no broba-blog eu agradeço o convite e saúdo a todos os leitores e colaboradores. Quero comentar algumas coisas sobre o design de interiores automotivos/transportes.
É raro encontrar quem se interesse por interiores e isso conta para a idéia de maior dificuldade em desenhar interiores. De fato não é fácil encontrar formas que conciliem diversas partes com diferentes funções, acabamentos (sem contar a reaplicação de peças de outros modelos – comum em modelos de baixo custo).
Cada dia mais a forma do exterior influencia a do interior e vice-versa, determinando boa parte dos volumes da carroceria em função de espaço interno e ergonomia. Um caso anunciado de exemplo é o Volkswagen Fox (com o mote de "desenhado de dentro pra fora").


Mais de 90% do tempo o motorista se relaciona com o interior, sem contar longas viagens e o tráfego urbano. Por conta disso a preocupação com ergonomia é maiúscula. É no interior que o homem se relaciona com máquina na hora H, sente e controla as reações do veículo, opera equipamentos e interage com o mundo enquanto dirige.
Formas marcantes tendem a "enjoar" mais no interior – em especial o painel – justamente pelo tempo que os ocupantes estão em contato. O desenvolvimento de instrumentos por exemplo envolve testes de leitura das informações para garantir clareza das informações, além do uso de cor, iluminação e grafismos que devem ser funcionais e emocionantes em duas condições totalmente diversas neste caso: noite e luz do dia.


Outros aspectos a serem pensados em interiores são facilidade de limpeza, ruídos, ajustes e personalizações, espaço volumétrico, capacidade de carga, visibilidade, sistemas de entretenimento e comunicação, segurança, entre outros, dos quais ainda voltarei em cada um deles em próximos textos.

Até lá, grande abraço.
Rodrigo Ciossani
rodrigodvc@uol.com.br

quarta-feira, agosto 6

Está lançado o primeiro Big Broba Contest!

Olá pessoal,


por ser o primeiro Big Broba Contest e o objetivo aqui é criar e se divertir, nós decidimos que o tema deveria ser descontraído e ao mesmo tempo permitir total liberdade de criação, a única restrição, como dissemos anteriormente, é que tem que ser um ônibus, ou melhor, um transporte coletivo.


Então lá vai, o tema é "O Ônibus Atômico"


O Tema é inspirado num filme gravado em 1976, época em que era moda comédias que satirizavam desastres. O nome original é "The Big Bus", mas passou algumas vezes na "sessão da tarde" com o nome de " As incríveis peripécias do ônibus atômico". É uma comédia sobre um enorme ônibus chamado Cyclops movido a energia nuclear que faria viagens de Nova York a Denver sem paradas. O ônibus era articulado, tinha dois andares onde haviam alas com piscina, pista de boliche, restaurante e piano bar. Além disso tinha sistema de auto-limpeza e trocava os pneus automaticamente. Toda a confusão começa quando sabotadores contratados por sheiks do petróleo colocam uma bomba que explode e danifica o sistema de freios do ônibus, impedindo que o mesmo tenha como parar. Para ajudar um dos motoristas tem narcolepsia.
Então vamos lá, o desafio é desenhar o novo "Ônibus Atômico" . Abaixo vão encontar algumas referências.

Como funciona o Broba Contest:

Quem quiser participar deve enviar no mínimo um sketch para brobadesign@yahoo.com.br para que seja postado no Blog. Esse sketch deverá ser enviado até 17/08/2008-domingo. Todos que postarem sketch deverão votar, a partir de 17/08, em um trabalho que não o seu próprio para que seja eleito um vencedor. Apenas quem enviar sketch terá direito a voto. O voto deverá ser comentado e identificado. Todos os trabalhos postados estarão abertos a comentários e críticas. Quem tiver mais votos ganha uma camiseta Cor D.I. Broba Design.


Trecho do filme no Youtube


http://www.youtube.com/watch?v=PhlivTeB1zY&feature=related

Para ampliar as imagens basta clicar em cima:


















Valeu Galera, divirtam-se.

Que a Broba esteja com vocês!

E-mail da Broba

Agora temos um e-mail Broba, para todos que tiverem interesse em postar sketches, artigos ou qualquer outro material é só enviar para
...depois é só aguardar um pouquinho que a gente coloca no Blog.

Que a broba esteja com vocês!