Primeiramente vou me apresentar. Meu nome é Fabio, estou atualmente estagiando na CAIO Induscar e estou me formando em Desenho Industrial – Projeto do Produto pela Unesp.
Quero parabenizar a todos que estão apostando nessa idéia de reunir nesse blog a galera louca por design de transportes (especialmente carros claro!).
Vamos lá então!
Trocando uma idéia com o Vitão decidi reunir umas imagens e descrever passo-a-passo tudo o que eu fiz para representar tridimensionalmente um conceito. Bem, eu não tenho conhecimento específico a ponto de dar uma aula ...rsrsr mas acho que mostrando o que eu fiz é um ponto de partida pra abrir essa discussão aqui no blog, e eu acho o assunto interessante.
O Environ foi um concept-bus que fiz para o concurso de design Caio-Induscar 2007 cujas pranchas já postei no blog. O meu principal objetivo é trocar figurinha com a galera, mostrando com as imagens o que deu certo e oque não deu. Quem sabe pode servir até de tutorial para quem quiser modelar seu carro, busão, truck...
Só lembrando, o concurso da CAIO de 2007 não exigiu nenhum modelo (más também não proibiu), porém como sempre gostei de modelar e na época num botava muita fé em minhas ilustrações, confesso que apostei quase todas as minhas fichas no modelo... uahahh e tive duas semanas e meia para sair dos sketches e chegar a um modelo físico apresentável. Lembro-me que houve tempo de sobra no começo, mas só comecei a acreditar nos sketches que saíram no papel quando faltava menos de um mês para o dia da apresentação (sempre na última hora).
Meu primeiro passo foi ilustrar no photoshop os sketchs que serviram para criar a superfície e as proporções do bus. Já nessa fase eu penei para encaixar os elementos em mais de uma vista. Geralmente o que ficava legal no side view num funcionava na vista topo, e etc. Porém acredito que isso é normal nessa fase.
Finalmente esses foram os sketches que tinham o feeling que eu queria no modelo.
Só lembrando, o concurso da CAIO de 2007 não exigiu nenhum modelo (más também não proibiu), porém como sempre gostei de modelar e na época num botava muita fé em minhas ilustrações, confesso que apostei quase todas as minhas fichas no modelo... uahahh e tive duas semanas e meia para sair dos sketches e chegar a um modelo físico apresentável. Lembro-me que houve tempo de sobra no começo, mas só comecei a acreditar nos sketches que saíram no papel quando faltava menos de um mês para o dia da apresentação (sempre na última hora).
Meu primeiro passo foi ilustrar no photoshop os sketchs que serviram para criar a superfície e as proporções do bus. Já nessa fase eu penei para encaixar os elementos em mais de uma vista. Geralmente o que ficava legal no side view num funcionava na vista topo, e etc. Porém acredito que isso é normal nessa fase.
Finalmente esses foram os sketches que tinham o feeling que eu queria no modelo.
O segundo grande passo foi decidir a escala. Só p dar um exemplo e lembrar, um modelo escala 1:18 tem suas dimensões 18 vezes menor que as do carro original, 1:5 5 vezes menor, e assim vai. Para saber que escala seria a melhor eu comecei a desenhar uns retângulos em papel imaginando as máximas do side view. Eu queria um modelo grande para poder trabalhar a superfície e ao mesmo tempo um tamanho que não me complicasse muito a vida na hora de transportar (num voyage 2 portas) e fazer os moldes mais tarde (para copiá-lo em fibra e pintar). O tamanho também está ligado diretamente ao custo, porque fibra e resina não são baratos, e o modelo foi feito e custeado por conta própria.
Eu desenhava os retângulos nas medidas máximas e tinha uma noção do tamanho do modelo. Meu primeiro retângulo seria para um modelo 1:10, ficou descomunal. Depois baixei para 1:13, mas ainda estava um pouquinho grande. Quando desenhei o side view num retângulo 1:14 me senti seguro.
Uma coisa que ajudou muito e me levou a começar pela escala 1:10, foram uns bonecos de estudo ergonômico nessa escala que eu tinha da época das aulas de ergonomia. Depois tive que passar esses bonecos pra escala 1:14.
Decidida a escala e tendo um retângulo com as máximas do side view, puxei mais 3 retângulos usando régua ´T ` e esquadro para desenhar o front view, back view e top view (usando papel milimetrado). Assim eu fiz um desenho técnico basicão mas bem útil. Com essas 4 vistas e os sketches do photoshop eu tinha tudo pra começar o modelo. Foram dois dias e duas noites para gerar essas vistas ortogonais e as primeiras chapelonas em cartolina.
Essa fase serviu para eu aprender muito. Conforme eu ia encaixando os elementos do side view no front e top view percebi que por mais que eu tentasse imaginar o shape haviam pontos obscuros que eu não conseguia desenhar nas 3 vistas, sempre ficava uma das vistas mal resolvida (as vezes duas! srrs). Foi ai que entendi que o modelo em clay não era apenas para finalizar o trabalho e apresentar o modelo, pelo contrário, seria o começo. Percebi que era no modelo em clay que eu iria evoluir e decidir quase tudo.
Percebi também que os sketches são mais importantes que essas vistas chapadas do desenho técnico. Pois nos sketches estava o que eu realmente queria, sem preocupação com medidas e nada.
Por outro lado, o meu excesso de despreocupação com as as proporções entre uma vista e outra acabou fazendo com que eu tivesse que confrontar os sketches e perceber, por exemplo, em qual vista estava mais interessante tal elemento... Aliás esse é um ponto chave do processo que eu gostaria que alguém mais experiente comentasse. Afinal, o sketch emocional (sketch show) devc respeitar proporções até que ponto? Fica o convite !
Continuando...
Antes de botar a mão no clay (Atenção Rodox! Eu disse claaaaayyyy!.. perguntem a ele sobre esta estória...), é preciso ter uma base de madeira bem plana com a linha zero traçada. Essa é a linha de simetria. Outras 4 linhas foram importantes para esse começo. No top view ortogonal eu tinha o retângulo traçado envolta das máximas, pois bem, esse retângulo tem que estar bem traçado na base também. Feito isso levei umas três horas para fazer um blocão de clay com medidas iguais ou maiores que as medidas máximas dos retângulos ortogonais.
Percebi também que os sketches são mais importantes que essas vistas chapadas do desenho técnico. Pois nos sketches estava o que eu realmente queria, sem preocupação com medidas e nada.
Por outro lado, o meu excesso de despreocupação com as as proporções entre uma vista e outra acabou fazendo com que eu tivesse que confrontar os sketches e perceber, por exemplo, em qual vista estava mais interessante tal elemento... Aliás esse é um ponto chave do processo que eu gostaria que alguém mais experiente comentasse. Afinal, o sketch emocional (sketch show) devc respeitar proporções até que ponto? Fica o convite !
Continuando...
Antes de botar a mão no clay (Atenção Rodox! Eu disse claaaaayyyy!.. perguntem a ele sobre esta estória...), é preciso ter uma base de madeira bem plana com a linha zero traçada. Essa é a linha de simetria. Outras 4 linhas foram importantes para esse começo. No top view ortogonal eu tinha o retângulo traçado envolta das máximas, pois bem, esse retângulo tem que estar bem traçado na base também. Feito isso levei umas três horas para fazer um blocão de clay com medidas iguais ou maiores que as medidas máximas dos retângulos ortogonais.
(Eu não tenho imagem do blocão virgem, na foto eu já tava começando a esboçar a proposta do outro lado).
Para que o modelo nunca se movesse na base eu parafusei um bloco de madeira um pouco menor e coloquei clay sobre ele, assim ficou bem firme pra modelar.
Nas próxima postagem eu contarei como trabalhei com as limitações de casa com o clay e como comecei a achar meu Shape.
Abraço a todos!
Fábio F. Garcia
Putz que Bacana Fabio!
ResponderExcluirVéio vc ta de parabens, não só pela modelagem , mas pq vc explica de 1 jeito fácil de entender e as imagens mostrando direitinho cada passo do processo, já meu deu uma luz, pra resolver 1 problema no meu TCC
Parbens mais uma vez
Abraço
Lauro
Onde vocês conseguiram essa quantidade de clay???
ResponderExcluirFoi com o Edu?
Parabéns mesmo,estou pasma aqui...*_*~~